segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Homenagem a Carlos Zéfiro



Carlos Zéfiro era codinome do funcionário público Alcides Caminha (1921-1992), autor de quadrinhos eróticos vendidos, em banca, entre os anos quarenta e oitenta. As revistas eram apelidadas, pelos compradores, de catecismos, sendo em formato a6, equivalente a um quarto de a4, em preto e branco. Muitas vezes, eram reproduzidas em mimeógrafo ou em máquinas de impressão antigas. Eram cobiçadas por adolescentes, ávidos nessa literatura.
Caminha se manteve no anonimato até 1991, quando revelou sua identidade em reportagem da revista Playboy. Em 92, recebeu o troféu HQ Mix pelo conjunto da obra. Faleceu no mesmo ano. Caminha também foi compositor. Criou a letra do samba A flor e o espinho, gravado por Guilherme de Brito, entre outros clássicos da Mangueira. Em 1997, seus desenhos foram capa do CD Barulhinho Bom de Marisa Monte. Recentemente, admiradores dos catecismos reuniram algumas histórias zefirianas em http://www.carloszefiro.com/.

Tinta China

A Grafistas Associados do Rio Grande do Sul (Grafar) lançou o blog Tita China (http://grafar.blogspot.com/). Editado por Fábio Zimbres, Leandro Bierhals Bezerra e Ronaldo Fraga, reúne uma amostra do humor gráfico gaúcho, biografias e links para blogs e páginas dos principais autores nascidos ou com passagem pelo Estado.

Fun Home - uma tragicomédia familiar


Fun Home é um dos maiores fenômenos literários desta década. Eleito o "livro do ano" em 2006 pela revista Time, figurou na lista de livros mais vendidos do The New York Times e faturou diversos prêmios (entre eles, o Eisner Awards de Melhor Não-Ficção). O álbum é um livro de memórias, onde a quadrinista Alison Bechdel revisita a sua infância e adolescência - especialmente a descoberta de sua homossexualidade e a difícil relação com seu pai Bruce Bechdel. Homossexual não-assumido, Bruce passava mais tempo cuidando e reformando o casarão vitoriano que moravam do que dando atenção à família.
Leia um trecho, aqui.

Abaixo-assinado: mais desenhos nacionais na TV brasileira

http://www.petitiononline.com/animacao/petition-sign.html

O projeto de lei nº 1821/03 que cria cotas graduais na TV aberta e fechada do país para a exibição de desenhos animados nacionais não tem o apoio dos representantes das emissoras de tevê. Os canais alegam que não há produção suficiente e que os custos de realização são extremamente elevados, se comparados com os do exterior. Animadores e produtores independentes pensam exatamente o contrário. Os dois grupos participaram, no último dia 6 de novembro, de uma audiência pública, no Plenário da Comissão de Comunicação, Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados, em Brasília.
De autoria do deputado Vicentinho, o projeto - em tramitação na Câmara dos Deputados há quatro anos - determina que todas as emissoras de televisão - de sinal aberto e fechado - exibam em sua grade um percentual mínimo de desenhos animados produzidos no país, sendo 10% no primeiro ano de vigência da lei; 20% no segundo; 30% no terceiro; 40% no quarto; e 50% a partir do quinto ano.

O documento diz ainda que as produções nacionais deverão focar os seguintes conteúdos: princípios éticos, morais e de cidadania; entretenimento; cultura nacional e regional; história do Brasil; heróis nacionais brasileiros; promoção de igualdade entre brancos e negros, entre homens e mulheres; e promoção de solidariedade e paz.

De acordo com a Agência Câmara, o deputado Elismar Prado, relator do projeto, vai conversar novamente com os representantes dos setores para negociar possíveis melhorias no documento. Prado acrescentou que tentará elaborar um relatório mais próximo possível da realidade brasileira. “O investimento na formação e educação das crianças é essencial para criarmos cidadãos mais conscientes de seus direitos".

Carlos Estevão


Carlos Estêvão (1921-1972) foi cartunista da revista O Cruzeiro entre os anos 40 e 60. Naquela era pré-internet, angariava fama equivalente a que Mauríco Ricardo obtém hoje com o http://www.charges.com.br/. Alguns dos trabalhos de Estêvão estão no site http://www.memoriaviva.com.br/ocruzeiro/, que faz um belíssimo trabalho de pereservação do acervo d´O Cruzeiro. Ali encontra-se, ainda, histórias do Amigo da Onça, criado por Péricles (1924-1961), e posteriormente também desenhado por Estêvão.Um pequeno acervo de estêvão se encontra em http://www.memoriaviva.com.br/ocruzeiro/cestevao.htmO do Amigo da Onça está em http://www.memoriaviva.com.br/ocruzeiro/amigo.htm