segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Homenagem a Carlos Zéfiro



Carlos Zéfiro era codinome do funcionário público Alcides Caminha (1921-1992), autor de quadrinhos eróticos vendidos, em banca, entre os anos quarenta e oitenta. As revistas eram apelidadas, pelos compradores, de catecismos, sendo em formato a6, equivalente a um quarto de a4, em preto e branco. Muitas vezes, eram reproduzidas em mimeógrafo ou em máquinas de impressão antigas. Eram cobiçadas por adolescentes, ávidos nessa literatura.
Caminha se manteve no anonimato até 1991, quando revelou sua identidade em reportagem da revista Playboy. Em 92, recebeu o troféu HQ Mix pelo conjunto da obra. Faleceu no mesmo ano. Caminha também foi compositor. Criou a letra do samba A flor e o espinho, gravado por Guilherme de Brito, entre outros clássicos da Mangueira. Em 1997, seus desenhos foram capa do CD Barulhinho Bom de Marisa Monte. Recentemente, admiradores dos catecismos reuniram algumas histórias zefirianas em http://www.carloszefiro.com/.

Tinta China

A Grafistas Associados do Rio Grande do Sul (Grafar) lançou o blog Tita China (http://grafar.blogspot.com/). Editado por Fábio Zimbres, Leandro Bierhals Bezerra e Ronaldo Fraga, reúne uma amostra do humor gráfico gaúcho, biografias e links para blogs e páginas dos principais autores nascidos ou com passagem pelo Estado.

Fun Home - uma tragicomédia familiar


Fun Home é um dos maiores fenômenos literários desta década. Eleito o "livro do ano" em 2006 pela revista Time, figurou na lista de livros mais vendidos do The New York Times e faturou diversos prêmios (entre eles, o Eisner Awards de Melhor Não-Ficção). O álbum é um livro de memórias, onde a quadrinista Alison Bechdel revisita a sua infância e adolescência - especialmente a descoberta de sua homossexualidade e a difícil relação com seu pai Bruce Bechdel. Homossexual não-assumido, Bruce passava mais tempo cuidando e reformando o casarão vitoriano que moravam do que dando atenção à família.
Leia um trecho, aqui.

Abaixo-assinado: mais desenhos nacionais na TV brasileira

http://www.petitiononline.com/animacao/petition-sign.html

O projeto de lei nº 1821/03 que cria cotas graduais na TV aberta e fechada do país para a exibição de desenhos animados nacionais não tem o apoio dos representantes das emissoras de tevê. Os canais alegam que não há produção suficiente e que os custos de realização são extremamente elevados, se comparados com os do exterior. Animadores e produtores independentes pensam exatamente o contrário. Os dois grupos participaram, no último dia 6 de novembro, de uma audiência pública, no Plenário da Comissão de Comunicação, Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados, em Brasília.
De autoria do deputado Vicentinho, o projeto - em tramitação na Câmara dos Deputados há quatro anos - determina que todas as emissoras de televisão - de sinal aberto e fechado - exibam em sua grade um percentual mínimo de desenhos animados produzidos no país, sendo 10% no primeiro ano de vigência da lei; 20% no segundo; 30% no terceiro; 40% no quarto; e 50% a partir do quinto ano.

O documento diz ainda que as produções nacionais deverão focar os seguintes conteúdos: princípios éticos, morais e de cidadania; entretenimento; cultura nacional e regional; história do Brasil; heróis nacionais brasileiros; promoção de igualdade entre brancos e negros, entre homens e mulheres; e promoção de solidariedade e paz.

De acordo com a Agência Câmara, o deputado Elismar Prado, relator do projeto, vai conversar novamente com os representantes dos setores para negociar possíveis melhorias no documento. Prado acrescentou que tentará elaborar um relatório mais próximo possível da realidade brasileira. “O investimento na formação e educação das crianças é essencial para criarmos cidadãos mais conscientes de seus direitos".

Carlos Estevão


Carlos Estêvão (1921-1972) foi cartunista da revista O Cruzeiro entre os anos 40 e 60. Naquela era pré-internet, angariava fama equivalente a que Mauríco Ricardo obtém hoje com o http://www.charges.com.br/. Alguns dos trabalhos de Estêvão estão no site http://www.memoriaviva.com.br/ocruzeiro/, que faz um belíssimo trabalho de pereservação do acervo d´O Cruzeiro. Ali encontra-se, ainda, histórias do Amigo da Onça, criado por Péricles (1924-1961), e posteriormente também desenhado por Estêvão.Um pequeno acervo de estêvão se encontra em http://www.memoriaviva.com.br/ocruzeiro/cestevao.htmO do Amigo da Onça está em http://www.memoriaviva.com.br/ocruzeiro/amigo.htm



sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Estudantes de Jornalismo da Ulbra auxiliam na divulgação de Olimpíada


Uma equipe formada por dois assessores da Ulbra e quatro alunos de Jornalismo da universidade divulga para a imprensa os resultados da 13ª Olimpíada Internacional de Escolas Luteranas. O evento, que iniciou nesta segunda-feira, 22, conta com a participação de mais de 1.800 atletas do Brasil, Uruguai e Argentina. O grupo é coordenado pelo jornalista Francisco Éboli e também possui o apoio da Assessoria de Comunicação do Sport Club Ulbra.
A idéia de formar uma equipe de assessoria específica para o evento surgiu de um encontro entre Éboli e Sérgio Lima, coordenador do curso de Comunicação Social da instituição. "Expliquei para o Sérgio que nós tínhamos a necessidade de aumentar o número de pessoas para cobrir a programação intensa da olimpíada e que esta seria uma possibilidade de os estudantes terem contato direto com a prática. Ele aprovou a idéia e indicou os alunos", relembra Éboli.
Os quatro jovens assessores são Ana Luísa Corrêa, Débora Mizdal, Raliska Piuco e Bruno Figueiró, que se dizem entusiasmados e dispostos a seguir a profissão. A avaliação final dos estudantes sobre o trabalho na assessoria é unânime: tudo foi muito válido. "É importante aproveitar as oportunidades dentro da universidade para exercer nossa profissão. Além deste trabalho durante a olimpíada, existem as oficinas do curso de Comunicação Social e eventos variados da universidade em que podemos auxiliar", observa Raliska. (Fonte: Coletiva.net)

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Será o ressucitar do jornalismo investigativo?

O artigo abaixo extraí da Gazeta Mercantil. Apesar da solução encontrada parecer agregar interesses políticos dos criadores, creio ser uma boa alternativa para qualificar as notícias que circulam via CTRL+C e CTRL+V nos atuais meios digitais de informação, onde apenas repetimos notícias, sem gerá-las. O excesso de informação inútil gera desinformação.
(Na foto, o diretor, roteirista e ator Orson Welles no filme O Terceiro Homem. Welles foi o grande cronista do poder da mídia impresa no primeiro quartel do século XX com Cidadão Kane.)

A quem interessa o fim da imprensa?

por Pedro Augusto Leite Costa, diretor da CIA da Informação nos EUA

ST. LOUIS, MISSOURI, 22 de outubro de 2007 - Se a imprensa acabasse, ou perdesse sua independência, George Bush transformaria o mundo num quintal dos Estados Unidos, Lula e sua camarilha jamais sairiam do Palácio do Planalto e Hugo Chávez... Bem, o ditador venezuelano já deu uma mostra do que seria o mundo sem jornais, TV e rádios que exerçam a liberdade de expressão.


Desde a bolha da internet, o modelo de negócios da imprensa está a perigo porque os anunciantes dispõem de outras dezenas de meios para atingir seu público. E-mails, outdoors, TV, blogs e sites de relacionamento estão drenando o dinheiro que ia para os jornais. Assim, o jornalismo investigativo, o mesmo que extirpou Richard Nixon ou Fernando Collor da presidência, ou descobriu o roubo da Enron ou o escândalo do mensalão, está a perigo. Mas a sociedade está reagindo. Nos Estados Unidos, anunciou-se mais uma organização sem fins lucrativos que, fundada por doações milionárias, tentará suprir a partir de janeiro de 2008 a falta de recursos dos jornais para colocar repórteres nas ruas que descubram as malversações de dinheiro público ou privado.


Leia a íntegra do artigo, aqui.

Ferreira Gullar

homem comum

sou um homem comum
de carne e de memória
de osso e esquecimento.

sou como você
feito de coisas lembradas
e esquecidas.

rostos e mãos.
sou um homem comum
brasileiro, maior, casado, reservista,
e não vejo na vida, amigo,
nenhum sentido, senão
lutarmos juntos por um mundo melhor.
mas somos muitos
milhões de homens comuns
e podemos formar uma muralha
com nossos corpos
de sonhos e margaridas.

Do blog do Pablo.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Design via web


Uma das melhores revistas brasileiras de design é a http://www.ideafixa.com/. Ela está acessível apenas pela internet. Tem seus oito números on-line. Podem ser visualizados via programa que imita o folhear de uma revista. Visite e confira.

Internet cresce como fonte primária de informação

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De acordo com uma pesquisa realizada pelo Pew Research Center, de Washington, em pouco mais de 13 anos de uso civil, a Internet já se tornou o terceiro meio mais citado como fonte primária de informação por brasileiros. Cerca de 7% da população busca informações primeiro na internet, que ultrapassou o rádio (4%) e as revistas (1%). A principal fonte primária de informação continua sendo a televisão (76%), seguida dos jornais impressos (12%).
Ao combinar fontes primária e secundária, os números mudam. A televisão é citada como fonte primária ou secundária por 92% dos brasileiros; jornais, 51%; rádio, 32%; Internet,16%; e revistas, por 4% dos entrevistados. A pesquisa apurou dados de vários países e mostra que a Coréia do Sul é onde a internet tem maior importância como fonte primária, sendo citada por 20% da população. Depois vêm a República Tcheca (19%) e os Estados Unidos (17%).


(Fonte: Coletiva.net)

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

A rosa de um povo sem livros



Assim como nos poemas do livro A Rosa do Povo, Carlos Drummond de Andrade abriu-se ao público, ao lado de Mário Quintana, na escultura em bronze na praça da Alfândega. Porém, algum gatuno resolveu tirar das mãos do poeta mineiro o livro que segurava. Um Quintana parnasiano, ladeado por Drummond engajado, foram assaltados de seu livro em bronze em uma madrugada primaveril da capital gaúcha.

Pois, agora, os organizadores da 53ª Feira do Livro de Porto Alegre decidiram recolocar o livro nas mãos de Drummond, dia 26 de outubro, na abertura da feira. A atitude simboliza uma valorização, em bronze, da literatura. Melhor que seja assim. Afinal, como diria Quintana, um erro em bronze é um erro eterno. (Foto: Mauro Vieira/Ag. RBS)

Dos jacarandas florescem livros

Praça da Alfândega está preparada para receber milhares de visitantes


As flores dos jacarandas já desabrocharam, enquanto a praça da Alfândega, em Porto Alegre, é apinhada pelas barracas brancas que abrigarão livreiros e milhares de pessoas interessadas em literatura. A 53ª Feira do Livro do livro de Porto Alegre acontece de 26 de outubro a 11 de novembro deste ano. Todas as emoções estão aqui, voscifera o material de divulgação da feira. Como no último ano, as atividades da programação geral da Feira estarão distribuídas em vários locais do entorno da Praça da Alfândega, como a Casa de Cultura Mário Quintana, Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, Memorial do Rio Grande do Sul e Santander Cultural. A Área Infantil e Juvenil da Feira continuará funcionando no Cais do Porto.
Para este ano, está confirmada a participação de 165 expositores livreiros, sendo 117 na Área Geral, 31 na Área Infantil e Juvenil e 17 na Internacional. A Área Infantil e Juvenil abre das 9h às 21h. O restante da Feira funciona no horário das 13h às 21h.

Mais informações:

http://www.feiradolivro-poa.com.br/

Uma olimpíada na Ulbra

Abertura das olimpíadas da Ulbra, em 2006

A Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) realiza a 13ª Olimpíada Internacional de Escolas Luteranas, de 22 e 26 de outubro, em Canoas. Paralelo, acontece a 4ª Copa de Handebol e Futsal Mirim. A atividade é coordenada pelo Centro Tecnológico da ULBRA, com o apoio do Sport Club ULBRA. Rústica, futebol de campo, futsal, vôlei, handebol, basquete, natação, judô, xadrez e tênis são as modalidades a serem disputadas entre 1800 atletas do Brasil, Uruguai e Argentina.
Serão 28 escolas participando das Olimpíadas e 23 da Copa Mirim. Englobam instituições do Rio Grande do Sul, Paraná, Pará, Mato Grosso, Rondônia e Goiás. Também têm presença confirmada o Colegio y Liceo San Pablo, de Montevidéu (URU), e o Instituto Concórdia, de Missiones (ARG).
A cerimônia de abertura será realizada a partir das 9h do dia 22, no estádio de futebol do Complexo Esportivo, com o desfile das delegações. A solenidade terá seu encerramento com a chegada da Rústica, que irá contar com atletas de todas as instituições participando da prova que marca o início das competições. As finais dos esportes coletivos estão marcadas para ocorrerem durante a quinta-feira (25/10). Os participantes das Olimpíadas ficarão hospedados nas dependências das Escolas da ULBRA na Região Metropolitana. Na terça-feira (23/10), na parte da noite, será realizada a Festa de Confraternização, com um jantar no Galpão Crioulo da ULBRA.

Programação:

— 13ª Olimpíada Internacional de Escolas Luteranas. Clique aqui

— IVª Copa de Handebol e Futsal Mirim. Clique aqui

Fonte: http://www.ulbra.br/

Joe Sacco e o jornalismo em quadrinhos

Página da HQ Palestina, de Joe Sacco.


O desenhista e jornalista Joe Sacco é o maior expoente do jornalismo em quadrinhos mundial, vertente vitaminada por ele na década de 90. Antônio Aristides Corrêa Dutra, um dos maiores estudiosos no tema jornalimso em quadrinhos no país, realizou, em 2003, dissertação de mestrado intitulada Jornalismo em quadrinhos — a linguagem quadrinística como suporte para reportagens na obra de Joe Sacco e outros autores, apresentada Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro – ECO/UFRJ. Para ler a dissertação, acesse disco virtual aqui e digite, como senha, Sacco.

Clássicos em quadrinhos

Página de O Continente, de Érico Veríssimo, adaptado pelo jornalista Carlos André Moreira e o cartunista Gilmar Fraga.



Carrol, Barrie, Proust, Camões, Machado, Eça, Nelson Rodrigues: Algumas das maiores obras da literatura mundial estão à disposição na forma de gibis
Por Jotabê Medeiros e Roberta Pennafort, para o Estadão
Joyce, Barrie, Proust, Freud, Camões, Eça de Queiroz, Flaubert, Gilberto Freyre, Machado de Assis, Nelson Rodrigues. Nunca antes na história desse País se publicou tanta literatura em quadrinhos. Ou: antes temerosas, as HQs perderam a timidez e penetraram intimamente num território que evitavam, o da literatura consagrada.A maioria dessas obras não se perde na reverência extremada. Sua intenção é fazer, como arte autônoma, uma releitura daqueles clássicos da literatura. Historicamente, houve publicações esparsas de versões de clássicos literários, mas que frustravam expectativas. Antes, eram versões resumidas.'Eram versões para preguiçosos, para quem não tinha paciência de ler o livro e lia resumo no gibi. Agora, são coisas com mais ambição, o leitor pode ter lido o livro que vai ler os quadrinhos do mesmo jeito, é outra obra', diz Rogério de Campos, editor da Conrad, uma das mais ativas do mercado de quadrinhos.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Cartum sobre Crianças do Futuro ganha segundo prêmio no Salão Greekartoon


O cartunista porto-alegrense Moa obteve, no último dia 23 de setembro, o segundo lugar no 2º Greekartoon, da Grécia, com o cartum acima — uma crítica a cultura da infância.

Eugênio Colonnese em exposição e workshop

O ítalo-brasileiro Eugênio Colonnese, um dos maiores nomes dos quadrinhos nacionais em todos os tempos, será tema da exposição Cinema, Quadrinhos e Outros Traços, a ser realizada em São Bernardo do Campo/SP de 3 de outubro a 4 de novembro. Criador da vampira Mirza e do Morto do Pântano, personagens que marcaram os quadrinhos brasileiros nos anos 1960, Colonnese também se destacou nas áreas de publicidade (alguns de seus trabalhos mais conhecidos nesse segmento foram HQs institucionais do Instituto Universal Brasileiro), cinema - criando cartazes para divulgação de filmes - e em outros setores nos quais empregou seu talento. Vencedor de diversos prêmios, entre eles os troféus Angelo Agostini e HQ Mix (na categoria Mestre do Quadrinho Brasileiro), Eugênio Colonnese mostrará alguns de seus melhores trabalhos na exposição. Confira a programação do evento organizado pelo Departamento de Ações Culturais da Prefeitura de São Bernardo do Campo:- 3 de outubro, a partir das 20h: Abertura das exposições no Teatro Cacilda Becker (Praça Samuel Sabatini, aberto de terça-feira a domingo, das 15 às 21h); - 4 de outubro a 4 de novembro: Criador e criatura: Mirza e o Morto do Pântano, na Biblioteca Monteiro Lobato (Rua Jurubatuba, 1415, Centro, funcionando de segunda-feira a sexta-feira, das 8 às 19h, e nos sábados das 8 às 14h); - 20 de outubro, às 10h: Workshop com Eugênio Collonese na Biblioteca Monteiro Lobato.

Faculdade traz quadrinhos como disciplina de jornalismo

As Faculdades Alfa (Goiânia/GO), em seu curso de jornalismo, apresentam uma nova matéria: Estudos de Histórias em Quadrinhos, disciplina que está sendo oferecida este semestre para os alunos do 8º período do curso. O objetivo é capacitar os futuros jornalistas a entender o quadrinho como produto cultural e meio de comunicação de massa, para que possam trabalhar esse tema nos veículos de comunicação em que forem atuar. De acordo com Liberato Santos, jornalista e professor da disciplina, "o desconhecimento sobre quadrinhos era quase total, especialmente sobre quadrinhos brasileiros", afirma. Durante o semestre, os alunos produzirão material jornalístico como resenhas, escreverão um roteiro e farão entrevistas com quadrinhistas locais. Liberato afirma que pretende formatar cursos similares para o público em geral, aficionados ou não por quadrinhos, dentro e fora da faculdade. Interessados podem entrar em contato pelo e-mail santos.liberato@gmail.com. (Fonte: Press Release e Marcelo Naranjo)

Suíço publica primeira revista mix de quadrinhos underground na Letônia



A Letônia, país báltico de aproximadamente dois milhões de habitantes, assim como outros países que se libertaram da União Soviética, não possui tradição de quadrinhos.O advogado suíço David Schilter pretende mudar este fato com a revista Kuš! (a pronuncia correta é kush), cujo título é o equivalente a dizer Quieto!.
Sobre a ausência de quadrinhos no país, é preciso explicar que ela não é total (mas quase!). Com um pouco de paciência é possível encontrar dois álbuns, bastante simples, dedicados ao público infantil com fábulas e mitos locais, publicados na metade dos anos 80. Além disso, na década de 1970, ainda durante o domínio soviético, foram publicados alguns clássicos, como por exemplo, um livrinho de Max und Moritz (Juca e Chico, no Brasil), de Wilhelm Busch, com histórias de 1865, fase inicial dos quadrinhos.Numa das bibliotecas é possível encontrar um exemplar de Batman, datado de 1995.
A única publicação mais regular, destinada ao público infantil, é a revista Donalds Daks (Pato Donald), da Disney, uma republicação do material produzido na Suécia pela Egmont.A primeira edição de Kuš! começou a ser produzida em janeiro e foi lançada em julho de 2007, com charges, contos e HQs sobre o tema "histórias verdadeiras". O custo da impressão de oito mil exemplares foi pago por David, e parcialmente coberto por anúncios. Participam do #1: Mawil, da Alemanha; Kati Richembach, König Lü Q e Ruedi Schorno da Suíça; Anete Melece, da Letônia; Allison Cole e R. Kikuo Johnson, dos Estados Unidos; e Wladimir Kaminer, artista russo que mora na Alemanha.O segundo número, com o tema "O Amor Machuca", foi distribuído em agosto e contou com a participação de: Andreas Gefe, König Lü Q, Afra Häni e Anna Sommer, da Suíça; Charles Burns (importante artista independente americano) e Richard Maguire, dos Estados Unidos; Björn Melzer, da Alemanha, Itzik Rennert, de Israel; Ingrīda Pičukāne e Kaspars Groševs, da Letônia; e para finalizar, a famosa dupla Phillippe Dupuy (da França) e Charles Berberian (artista de origem iraquiana).
Os dois primeiros números foram distribuídos gratuitamente em bares, restaurantes, universidades e outros pontos comerciais.Entrevistado pelo UHQ, no centro de Riga, capital da Letônia, David explicou que apesar de gostar muito de quadrinhos, não desenha e nem escreve, e por isso resolveu editar a sua própria revista.
A revista é resultado da ausência de quadrinhos no país, e pretende preencher um espaço que faz muita falta para David, que cresceu lendo os álbuns de quadrinhos franco-belgas. Alguns dos artistas participantes David conheceu em algumas feiras e eventos de quadrinhos da Europa. O resto foi contatado pela internet.Sobre o pequeno número de artistas locais, David esclareceu que entrou em contato com universidades e escolas de artes e muitas pessoas se mostraram interessadas, mas depois de praticamente 50 anos sem quadrinhos publicados no país, existe pouquíssimo material de referência e, portanto é mais difícil para os artistas aprenderem a linguagem e para o público se a costumar com a leitura das HQs.
David recebeu bastante material para avaliar, e muitas histórias não possuíam qualidade técnica, enquanto outras fugiam muito da proposta da revista.Embora não possa pagar os artistas, David fez uma exceção para Dupuy e Berberian, autores que ele gosta muito, e pagou (do próprio bolso) para poder utilizar uma história curta, previamente publicada em revistas francesas. Já Charles Burns cedeu uma história de duas páginas sem cobrar nada.David disse que a proposta da revista é popularizar os quadrinhos na Letônia e promover os artistas locais no exterior. Para os próximos números já estão programados os seguintes temas: #3 - Animal Humano; #4 - Letônia; #5 - Comida.
Sobre o estilo das histórias, bastante alternativas, disse que é uma preferência pessoal, mas que pretende ampliar a gama de estilos para aumentar as possibilidades comerciais.Os interessados em colaborar com a revista podem contatar David Schilter (em inglês, alemão ou letão), no e-mail kushmens@gmail.com.
Quem desejar, pode enviar histórias (dentro dos temas mencionados) entre uma a quatro páginas, coloridas ou em preto-e-branco. David explica que devido aos anunciantes e à necessidade de distribuição em estabelecimentos comerciais, não pode aceitar material de conteúdo pornográfico.De antemão ele avisa que não pode pagar, mas que enviará uma cópia da revista, pelo correio, aos artistas que eventualmente estiverem participando do projeto. (Fonte Sérgio Codespotti - Universo HQ)

Conteúdo — O texto jornalístico na rede — Pietro Marques

Baseado em: O texto jornalístico na rede
Autor: Luciano Miranda

Os jornalistas e, especialmente, os estudantes de jornalismo não devem se descuidar jamais. Um primeiro ponto refere-se à pauta. Assim como o site exige planejamento, a boa matéria jornalística também. Essa é a função da pauta. Deve-se ter sempre uma hipótese, como ponto de partida para a matéria, a ser confirmada ou refutada; uma questão principal a ser respondida, um planejamento relacionado ao hipertexto e à navegação e um roteiro de perguntas essenciais a que o texto deve responder. Levando-se em conta a possibilidade de contextualização ou relação com outras matérias (a internet é um grande repositório de dados que devem ser aproveitados).

O leitor comum prefere ler ou pesquisar textos cuja estrutura, em ordem de preferência, são:

1)blocos;
2)pirâmide invertida;
3)narrativa.

O texto no jornalismo on-line é conciso, curto e objetivo. As declarações devem ser curtas. Por
causa do respeito à objetividade, evitam-se os clichês ou metáforas elaboradas (que dificultam o entendimento do leitor). Evita-se, ainda, o texto maior que o espaço da tela do computador. A gramática deve-se seguir a regra geral, evitando sentenças fragmentadas em que falte sujeito ou verbo, exceto nos títulos ou nas legendas. Lead ou lide: deve-ser privilegiar o noticioso; manchete: não escrever em maiúscula ou itálico, pois denota exagero.

No jornalismo on-line, trabalha-se com a perspectiva da atualização permanente durante as vinte quatro horas do dia. Há outras formas de interação e de diálogos com os leitores, como os fóruns e as enquetes. Esse dinamismo interativo propiciado pelo jornalismo on-line faz atentar justamente para uma das características centrais da atividade na internet, a saber: ser dinâmica.

História — Jornalismo na internet — por Virgínia Arteche

Baseado em: Jornalismo na internet
Autor: J. B. Pinho

Independente de qualquer que seja a denominação, jornalismo digital, jornalismo on-line ou webjornalismo, o jornalismo tem presença marcante na World Wide Web, que nada mais é do que uma síntese de todas as mídias, com as vantagens visuais da tv, a mobilidade do radio, a capacidade de detalhamento e analise do jornal e revista, e a interatividade da multimídia. Oferecendo informação e conteúdo, em especial nos sites de jornais e revistas impressas que migraram para a rede mundial, nos sites de agencias de noticias, nos sites noticiosos especializados, nos portais e nos sites de instituições e empresas comerciais.
A primeira empresa a ingressar na Word Wide Web, foi o grupo O Estado de S.Paulo, que em 1995, colocou a agencia em rede mundial, no mesmo ano o Jornal Do Brasil foi o primeiro veiculo a fazer uma cobertura completa no espaço virtual.
As agencias de noticias são empresas especializadas de informação que elaboram e distribuem, regularmente e de forma interrupta, noticiário geral ou especializado, fotografia e features, destinados exclusivamente aos seus assinantes (órgãos de imprensa, instituições governamentais e privadas). As grandes agencias contam com uma imensa rede de correspondentes e informantes, assim elas tem condições de fornecer a baixo custo, serviço informativo em grandes quantidades. A Reuters Limited, sediada em Londres é a maior agência internacional de noticias.
O jornalismo especializado é aquele em que a informação é dirigida a cobertura de assuntos determinados e em função de certos públicos, dando a noticia um caráter especifico.
Alguns sites noticiosos procuram levar a web o formato de revista, conhecidas no mundo virtual como revistas eletrônicas. A pioneira foi a norte americana Salon, criada em 1994.
O conceito de portal, relacionado com a internet, apareceu no começo de 1998. Os portais hoje são entendidos como qualquer site que sirva para a entrada dos usuários na World Wide Web, a primeira parada da qual os internautas decidem os passos para a rede mundial.
Os sites de empresas comerciais possuem seções dedicadas ao profissional de jornalismo, mantidas pelas assessorias de imprensa, em geral contendo noticias atuais. O relacionamento entra as empresas e a a mídia é fundamental para que elas possam desenvolver e manter relações próximas visando assegurar uma cobertura positiva ou no mínimo justa por parte da imprensa.

Webjornalismo - Lizi Lima

Baseado em: Internet velocidade e credibilidade da notícia
Autor: Leão Serva

Muitos críticos tem se dedicado a atacar o apressamento do meio como fator de perda de qualidade da notícia que veicula. Como existe entre outros leitores das mais diversas formações e extratos sociais um absoluto desconhecimento sobre como é o funcionamento interno e como é a produção de jornais, o desconhecimento faz com que os observadores tenham a sensação com que as formas exteriores se manifestam. Muito do contrário a estrutura das redações tem mudado com ao longo do tempo enquanto ocorrem verdadeiras revoluções de jornalismo, nas formas de publicação e veiculação da informação.Sobre a notícia em tempo realO surgimento da internet significa sua plataforma a mais para distribuir informações que antes distribuíam por meios semelhantes. Companhia que trabalham com informação e precisa dessa matéria-prima com rapidez. Geralmente por serem serviços caros são contratados por corporações para o uso de diversos funcionários em redes internas a internet barateou o sistema de distribuição e assim essas companhias jornalísticas puderam aumentar seu público potencial.Jornais não são feitos a mão As redações usam a internet todo o tempo em diversas etapas de seu trabalho de produção do jornal: para receber noticias, para comunicação das equipes com o mundo e entre eles mesmos e suas fontes a internet é usada normalmente nos próprios computadores empregados para produção de texto. Ao mesmo, os acadêmicos e críticos se voltam intensamente para os possíveis negativos da velocidade da internet sobre a qualidade da informação, atribuído um caráter de essência e inclusive ocorrência ocidentais a razão dessa tensão desequilibrada.

Jornalismo on-line mais um meio de comunicação — Rosália Fraga

No texto “o novo jornalista profissional”, o jornalista Luciano Miranda, esclarece alguns parâmetros para um jornalismo de qualidade na era digital, afirma que “o que dá sentido a técnica são as práticas das pessoas”.
O fundamental é que se conheçam as técnicas e saibam operá-las, mas o mais importante é saber produzir o sentido necessário para a missão jornalística. O jornalista trabalha com dados brutos, onde o profissional agrega conhecimento proveniente de sua formação e estilo e transformando esses dados em informações.
Existem três dimensões, no novo meio jornalísticos, são elas: real versus virtual, espaço versus tempo e público versus privado. Estas dimensões estabelecem relações diferenciadas com categorias semelhantes em outras mídias. O cuidado com o plágio de informações, o leitor que está em outro lugar, vivendo em um outro instante e a vida intima exposta através de webcans e aparatos eletrônicos, são as relativizações a serem observadas no jornalismo on-line para realizar um trabalho de qualidade.
A partir do momento que a idéia de noticia é substituída pela idéia de informação, o leitor vira o cliente e seu produto de consumo a informação. Neste momento a informação passa a ter como característica a velocidade necessitando de atualizações constantes em um meio digital a internet.

O CONCEITO DE USABILIDADE — Fernando Balestro

O texto de Polyana Ferrari, “O Conceito de usabilidade”, traz à tona a convicção de que a web só veio somar em nossas vidas. O termo usabilidade é visto pela autora como a utilidade de produtos e serviços oferecidos pela internet; ela afirma ser essencial no mundo virtual.
O teste de usabilidade é cada vez mais oferecido aos que consomem pela rede. Assim se estabelece certa cumplicidade às partes; é um meio de interação. A autora alerta para o fato de que a usabilidade, em sites pagos, só é oferecida após a compra.
Os fatores que agregam a utilidade de sites e serviços é, em primeiro lugar, se ele(s) cumpre(m) o papel proposto. Outra questão é a praticidade. Hoje, no mundo corrido, quanto mais prático e dinâmico, melhor. E isso vai muito do desing da página na internet.
Polyana comenta sobre a importância da usabilidade aos jornalistas. Cada vez mais presente no dia-a-dia destes profissionais, que precisam atuar como gerentes de produto, cuidando da apresentação dos sites e do planejamento para que o produto ou serviço seja sempre atrativo na web. Os textos devem ser curtos e diretos (como em rádio) e deve haver muitas fotos, ilustrações e imagens, sempre “casando” as tonalidades para não “agredir” o olhar e “explusar” o internauta.

As idéias regem a estrutura da notícia — Leandro Dóro

Baseado em: O redator de web e a titulação na publicação on-line

Jornalismo na Internet — Pinho, J.B


As idéias regem a estrutura da notícia para web, segundo Landsberger (2002). As idéias principais devem ser dispostas no topo da tela e as demais abaixo. O lay-out da página deve ser facilmente reconhecível pelos leitores. Privilegiar frases simples — uma idéia por grupo de palavras —, evitando termos técnicos.
Os dados mais difíceis devem ser apresentados em páginas subseqüentes. Cheque a ortografia e faça provas impressas da sua página, também executando uma formatação que se coadune a formatação da página, assim como utilizar imagens que reforcem e/ou destaquem o texto, respeitando o design do veículo.
O redator de web precisa desenvolver relacionamentos permanentes com colaboradores, com fontes e com os públicos interno e externo para garantir que um conteúdo moderno e relevante seja apresentado na página.
Os títulos são a ponta de lança para gerar interesse em uma notícia. Primeiro é preciso ligar a notícia a uma cartola: cultura, política, opinião, política, etc. A primeira opção é criar títulos simples e sintéticos que permitam listar diversas matérias. Outra alternativa é divulgar a hora em que a notícia foi publicada. As matérias de maior fôlego podem ser acompanhadas de resumos. A interatividade também deve ser explorada, oferecendo links para o leitor seguir a pesquisa sobre o tema. Ainda é possível oferecer outros pontos de vista sobre o tema, através de links para notícias paralelas a principal.

Webjornalismo, Jornalismo Eletrônico, Jornalismo Digital, Jornalismo Online ou Ciberjornalismo? — Fernanda Rafaeli Gomes

Apesar do boom da Internet para fins jornalísticos ter acontecido há 10 anos, alguns conceitos ainda não estão sólidos. Norte-Americanos utilizam os termos Jornalismo Digital ou Jornalismo Online e os autores de língua espanhola preferem Jornalismo Eletrônico. O autor Helder Bastos utiliza a equação: Jornalismo Eletrônico = Jornalismo Digital + Jornalismo Online, onde "fazer apuração" é Jornalismo Online e desenvolver e disponibilizar produtos é Jornalismo Digital. Trabalhar em um computador para gerenciar um banco de dados no momento de elaborar uma matéria é um exemplo da prática do Ciberjornalismo. Já o termo Online nos leva à idéia de conexão em tempo real, mas nem tudo o que é digital é Online. Na rotina de um jornalista estão presentes estes conceitos: você está assistindo a uma fita VHS em sua empresa de comunicação (Jornalismo Eletrônico), depois utiliza o e-mail para se comunicar com seu editor ou fonte (Jornalismo Online), consulta uma edição do veículo em CD-ROM (Jornalismo Digital), verifica dados armazenados em seu computador (Ciberjornalismo) e lê materiais disponibilizados na web (Webjornalismo). Conteúdos desenvolvidos para web têm uma trajetória de três momentos:1) Webjornalismo de Primeira Geração: Em sua maioria, são simplesmente cópias para a web de conteúdo de jornais impressos.2) Webjornalismo de Segunda Geração: As publicações para web começam a explorar as potências do ambiente, como e-mail, links e as seções Últimas Notícias.3) Webjornalismo de Terceira Geração: São sites jornalísticos que extrapolam a idéia de uma versão para a web de um jornal impresso já existente. E finalmente, existem espaços diferenciados para o tratamento da informação jornalística dentro do webjornal. São eles: Últimas Notícias , sempre anunciadas na primeira tela e disponibilizadas de maneira imediata; Cobertura Cotidiana, são matérias da cobertura rotineira do veículo e que ocupam o espaço de UMA TELA e Especiais, que referem-se a material informativo mais extenso, elaborado com mais tempo e que ocupam seções específicas do webjornal. OBS.: As proposições realizadas pela autora do material são somente uma contribuição para a discução e formulação do repertório que necessita ser desenvolvido.

O Leitor como Emissor

Texto base: “Características e implicações do jornalismo na Web.”
Autora: Luciana Mielniczuk


A autora aborda em um trabalho, de cunho científico, com observações e indagações feitas a sobre um tipo de veículo relativamente novo para o Jornalismo: o “Webjornalismo”. Para Luciana, as novas ferramentas e formas de propagação da notícia na rede mundial de computadores merecem atenção devido as mudanças que estes novos métodos podem trazer ao formato clássico do jornalismo.
A liberdade de navegação do leitor, neste caso internauta, por meio do conteúdo, os links para conteúdos relacionados (denominados de hyperlinks), a possibilidade de uso de recursos multimídia e até mesmo a quantidade de conteúdo, são mudanças observadas pela autora em seu trabalho.
Estes e outros fenômenos contemporâneos, que tem como local de atuação, a internet realmente trazem uma nova perspectiva de entendimento e indagações a respeito do futuro deste ou daquele determinado veículo, no caso do jornalismo.
Em tempos atuais, é impossível se ter a mesma relação entre emissor, meio e receptor. O sistema que antes era retilíneo passa a ser circular, constante e multidirecional, ou seja, o emissor, no caso o jornalista, passa a ser influenciado pelo leitor, seja por meio dos emails recebidos ou pelo simples fato de o jornalista sofrer o mesmo tipo de influências diversas, a que o leitor esta sujeito, no decorrer de sua vida. A proximidade entre o jornalista e o leitor passa a ser maior e, a influência de ambos, em ambos também. Por isso a segmentação no conteúdo pode ser cada vez maior, mas por parte do leitor, que é quem dita o que quer ler.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Soltando a imaginação

Cartunistas levaram uma mostra de seus trabalhos para a rua

Guilherme contou com a ajuda de Máucio para desenhar



Daniel Franco da Silva, 12 anos, viu pela primeira vez um cartum ser desenhado no sábado pela manhã. Era parte da atividade proposta pelo 4º Encontro dos Cartunistas Gaúchos, o Cartucho, levar para as galerias do Calçadão de Santa Maria um pouco do universo dos quadrinhos. Daniel adorou e não se contentou em olhar. Pelo tempo que um desenho demora para ser delineado, ele pôde viver o seu momento de artista.Com os olhos brilhando ao ver a enorme folha de papel em sua frente, ele respirou fundo, pediu uma caneta a um dos cartunistas e começou a imitar o desenho que viu em uma revista. No fim, achou que podia ter desenhado melhor e ficou meio envergonhado. Segundo ele, os desenhos que faz na escola são muito bonitos e já lhe renderam bons elogios da professora. Mas, para os cartunistas, Daniel virou um exemplo. Um motivo para repetirem a ação de levarem outras vezes os seus trabalhos para a rua.- Eu estou arrepiado. É muito legal ver o interesse dele - disse o coordenador do evento, Máucio Nunes Bonotto Rodrigues, ao perceber que outros garotos começavam a ter a mesma atitude de Daniel.O pequeno Guilherme Pereira Goulart, 11 anos, chamou o amigo Robson da Silva Flores Conceição, 11, para também fazer parte da brincadeira. Guilherme, que estava de aniversário, disse que poder desenhar num papel daquele tamanho era um grande presente. O menino está acostumado aos limites da folhinha do seu caderno e ficou radiante ao saber que a criatividade pode ganhar dimensões muito maiores. Máucio não resistiu e deu uma forcinha para que o garoto soltasse sua criatividade.Bem ao lado deles, os cartunistas também usavam e abusavam da imaginação. Aguçados pelas pessoas que passavam, uns criavam cartuns sobre os personagens da cidade. Outros faziam piada com a crise política, a falta de solução para o caos aéreo e até mesmo a chuva, que impediu que eles fossem para o meio do Calçadão. Cada um deles teve de trilhar uma longa história até conseguir apoio e espaço para levar adiante o sonho dos desenhos. Por isso, a participação dos meninos era tão importante para os cartunistas, que ficaram tristes quando Daniel, Guilherme e as outras crianças tiveram de ir embora.- Levar o trabalho para a rua é bem legal porque oportuniza que a gente tenha a reação imediata das pessoas. A gente vê na hora o retorno delas, se gostaram ou não do que nós fizemos - disse o estudante de Desenho Industrial Tiago Martins de Oliveira, 20 anos.Admiração - O casal Alba, 69 anos, e Edgar Correa Lucio, 74, foi um dos que aproveitou a oportunidade para ver os artistas criando as suas obras. Edgar disse que é um grande fã dos cartuns e que chega a recortar as charges do jornal devido à admiração que tem pela criatividade dos profissionais.- Eu fico olhando impressionado. Tem gente que pensa que é fácil de fazer, mas não é não. É preciso ter um humor refinado e uma grande percepção da realidade - elogiou Edgar. (MARILICE DARONCO — Diário de Santa Maria)

Fotos do 4º Encontro de Cartunistas Gaúchos

As fotos do 4º Encontro de Cartunistas Gaúchos (Cartucho) estão no site do cartunista Leandro Bierhals Bezerra, o Hals.Cliquem. É tri: http://picasaweb.google.com.br/hals.grafar/4Cartucho

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Remnick generalista: não tenho nada contra especialistas
Literatura, boxe, Israel, Rússia e poder parecem temas sem qualquer conexão? Não para David Remnick (56). Ex-repórter do Washington Post e ex-correspondente na antiga União Soviética, e, desde 1998, editor-chefe da New Yorker, uma das mais prestigiadas revistas do mundo. Apesar do cotidiano de editor ser calcado em escritórios, Remnick não deixou de ser repórter. Prova disso é o livro ‘Dentro da Floresta’, reunião de seus melhores textos jornalísticos, sai agora no Brasil, pela coleção ‘Jornalismo Literário’ (Companhia das Letras).
O livro traz 23 artigos de Remnick publicados na ‘New Yorker’ entre 1994 e 2006 -o mais recente narra a eleição palestina, vencida pelo Hamas. Prevalecem os perfis, de gente variada como os escritores Philip Roth e Don DeLillo, políticos, como o premiê inglês Tony Blair e o presidente russo Vladimir Putin, e lutadores de boxe, como Mike Tyson.
"Não tenho nada contra especialistas. Acho ótimo que os melhores jornais tenham pessoas que se dedicam inteiramente a determinados assuntos. Mas isso não é para mim. Sou o tipo de pessoa que gosta de ficar pulando de política a Mike Tyson", afirma e adverte: "se isso é bom ou ruim, não sei dizer".
Segundo o editor, a escolha de apresentar, no livro, perfis de personalidades, ao invés de reportagens, se deve a atemporalidade dos assunto.s "É um tipo de texto que dura, mais ou menos, o tempo em que um peixe fresco agüenta sob o sol do meio-dia", metaforiza.
O bom perfil, conforme o editor, não pode ser uma pequena biografia, mas oferecer um olhar sobre uma pessoa num momento específico do tempo.

Capa de "De dentro da floresta"

4º Encontro de Cartunistas Gaúchos

Arte de Edgar Vasques, artista homenageado no 4º Cartucho

O 4º Encontro de Cartunistas Gaúchos (Cartucho) acontece dos dias 17 a 19 de agosto em Santa Maria (RS). É organizado pelo cartunista Máucio, com apoio do Desenho Indústrial da Universidade Federal de Santa Maria, Cidade da Cultura, da Prefeitura Municipal, e Chilli Comunicação. Reúne dezenas de artistas gráficos. O homenageado, desse ano, é Edgar Vasques, criador do personagem Rango e desenhista das histórias em quadrinhos do Analista de Bagé, em parceria com Luis Fernando Veríssimo. Entre as atividades previstas estão oficinas de aquarela, feira de cartuns, mostra de desenhos animados e exposição a partir de um tema sorteado, o chamado Reponte Temático.

Homenageado

Edgar Vasques tem 50 anos é arquiteto, jornalista e um dos mais conceituados desenhistas do país. Chargista, cartunista e caricaturista, Vasques participou do boom do humor dos anos 70 e criou o personagem “Rango”que foi, na época, um símbolo de resistência a ditadura militar. É autor de vários livros de caricatura, humor e histórias em quadrinhos, tendo publicado em 1999 a elogiadíssima HQ “Sotto Vocce”. Exímio aquarelista, Edgar Vasques executou ilustrações para livros de Eduardo Bueno, o Peninha, e a recente coletânea do Analista de Bagé, em parceria com Luis Fernando Veríssimo.

Reponte temático
Um dos grandes diferenciais do Cartucho é o Reponte Temático. No início do evento é sorteado um tema, um assunto, uma palavra chave. A partir deste momento os cartunistas participantes têm cerca de um dia e meio pra produzir um desenho: charge, cartum, caricatura, tira, história em quadrinhos. Como durante este período os desenhistas irão de um lugar pra outro pensando e produzindo o trabalho, deu-se o nome de Reponte, que significa, em termos gauchescos, levar o gado de um lugar para outro, fazendo paradas.

Invernada de humor

Desde a terceira edição do Cartucho surgiu a expressão Invernada do Humor para dar nome a exposição dos trabalhos temáticos, feitos durante o evento. Invernada, no sentido gauchesco diz respeito a uma extensão de campo cercado destinado a tratar o gado para determinado objetivo, criar, engordar, etc. A expressão é usada aqui no sentido de um espaço delimitado para expor os cartuns resultantes do Cartucho. Neste ano, novamente, a Invernada do Humor começa no Monet Shopping, depois irá circular por vários locais da cidade e percorrerá uma série de escolas da rede pública e demais locais que solicitarem a organização do evento.


Chimarrão com nanquin

Chimarrão com Nanquim é o momento em que os cartunistas desenham no Calçadão da Bozano, desenhando ao ar livre enquanto bebem chimarrão. Esse ano, os cartunistas desenharão painéis coletivos com temáticas.

Programação

Dia 17 – sexta-feira

14h – Oficina de Aquarela com Edgar Vasques
14h – Oficina Desenho de Humor com Byrata
14h – 17h — Bolicho do CartuchoUma pequena feira de cartuns, charges, livros de autoria dos cartunistas participantes. A feira será organizada na Praça Saldanha Marinho.
20h – Abertura com Sorteio do TemaMostra de Vídeo-animaçõesAbertura da Exposição do Homenageado – Edgar VasquesLocal: Hotel Itaimbé

Dia 18 – sábado

10h às 13h – Programação na Praça Saldanha Marinho - Bolicho do Cartucho- Chimarrão com Nanquim: Caricaturas na rua; desenho no painel coletivo dos cartunistas convidados;
13h – Almoço de Integração com os Cartunistas convidados
14h – 19h - Reponte Temático: tempo livre para desenhar a proposta temática
20H – Show de Humor – Salada MísticaLocal: Hotel ItaimbéIngressos no local
Dia 19 – domingo
15h – Abertura Oficial da Exposição do 4º Cartucho (Shopping Monet)

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Onde publicar quadrinhos

Até meados da década de 90, publicar histórias em quadrinhos dependia da boa vontade de editores ou de verba arrecadada a partir de patrocinadores ou dos próprios artistas. Com o advento da internet, publicar se tornou mais fácil. Entre os sites especializados em quadrinhos de novos autores está a http://www.comicspace.com/, que revela artistas para editoras de todo o mundo, em especial as norte-americanas, que constantemente buscam autores para revistas com tiragem mínima de 15 mil exemplares.
Entre as artistas brasileiras que obtiveram contrato através do ComicSpace está a gaúcha Fernanda Chiella, que mantém a página http://www.comicspace.com/fernandachiella
Vale a pena conferir

Características do webjornalismo

— Instantaneidade (equipara-se ao rádo)
— Interatividade (fóruns, chats, seções de cartas, telefonemas)
— perenidade, através do banco de dados
— multimediação (áudio e vídeo)
— hipertextualidade