sexta-feira, 13 de agosto de 2010
quarta-feira, 14 de julho de 2010
quarta-feira, 21 de abril de 2010
segunda-feira, 17 de março de 2008
Alunos paulistas têm dificuldade de entender histórias em quadrinhos
Estudantes das escolas públicas da rede estadual de ensino de São Paulo têm dificuldades para compreender uma história em quadrinhos, principalmente de humor.
Essa é uma das conclusões que se pode tirar da leitura do relatório de 2007 do Saresp, exame do governo paulista que mede o nível de aprendizagem dos alunos do Estado.
Os resultados foram divulgados ontem. Na prova de língua portuguesa, o conteúdo pedido foi ligado à interpretação de textos.
Na 4ª série, um dos pontos esperados era que o aluno identificasse os elementos que constituem uma história em quadrinhos e tirasse conclusões sobre o tema.
O resultado (referente à prova toda, e não só sobre a parte de quadrinhos):
59,8% dos alunos tiveram resultados abaixo dos esperados ou insuficientes para a série que freqüentam
34,7% apresentaram conhecimentos compatíveis com a série em que estão
5,6% tiveram rendimento acima do nível esperado
Em outras palavras: de cada 10 alunos da 4ª série, 6 não entendem uma história em quadrinhos básica.
Na 8ª série, espera-se que o aluno articule elementos gráfico-visuais e que entenda ironias. Os dois elementos estão presentes nos quadrinhos.
O resultado, também da prova toda, é pior que o da 4ª série:
69,2% ficaram abaixo do esperado
24,3% tiveram rendimento adequado à série
6,5% estavam acima do nível esperado
No 3º ano do ensino médio, uma das expectativas dos elaboradores do Saresp é que o estudante leia e compreenda o efeito de humor de uma tira cômica.
Esse tipo de questão é comum também nos exames vestibulares e no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), elaborado pelo governo federal.
Um dos testes se baseava numa tira de "Hagar, o Horrível", de Dik Browne.
O resultado é ainda pior que o das demais séries:
78,8% dos estudantes ficaram abaixo do nível esperado para o 3º ano do ensino médio
21,1% adequado à série que cursam
0,1% avançado para a série
É possível dizer, com base nos resultados, que de cada 10 estudantes do 3º ano do ensino médio, quase 7 não compreendem ou não conseguem explicar o humor de uma tira.
Apesar de alarmantes, os dados revelam uma melhora na contagem geral de língua portuguesa, se comparados com pesquisa de outro exame, realizado em 2005.
Essa é uma das conclusões que se pode tirar da leitura do relatório de 2007 do Saresp, exame do governo paulista que mede o nível de aprendizagem dos alunos do Estado.
Os resultados foram divulgados ontem. Na prova de língua portuguesa, o conteúdo pedido foi ligado à interpretação de textos.
Na 4ª série, um dos pontos esperados era que o aluno identificasse os elementos que constituem uma história em quadrinhos e tirasse conclusões sobre o tema.
O resultado (referente à prova toda, e não só sobre a parte de quadrinhos):
59,8% dos alunos tiveram resultados abaixo dos esperados ou insuficientes para a série que freqüentam
34,7% apresentaram conhecimentos compatíveis com a série em que estão
5,6% tiveram rendimento acima do nível esperado
Em outras palavras: de cada 10 alunos da 4ª série, 6 não entendem uma história em quadrinhos básica.
Na 8ª série, espera-se que o aluno articule elementos gráfico-visuais e que entenda ironias. Os dois elementos estão presentes nos quadrinhos.
O resultado, também da prova toda, é pior que o da 4ª série:
69,2% ficaram abaixo do esperado
24,3% tiveram rendimento adequado à série
6,5% estavam acima do nível esperado
No 3º ano do ensino médio, uma das expectativas dos elaboradores do Saresp é que o estudante leia e compreenda o efeito de humor de uma tira cômica.
Esse tipo de questão é comum também nos exames vestibulares e no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), elaborado pelo governo federal.
Um dos testes se baseava numa tira de "Hagar, o Horrível", de Dik Browne.
O resultado é ainda pior que o das demais séries:
78,8% dos estudantes ficaram abaixo do nível esperado para o 3º ano do ensino médio
21,1% adequado à série que cursam
0,1% avançado para a série
É possível dizer, com base nos resultados, que de cada 10 estudantes do 3º ano do ensino médio, quase 7 não compreendem ou não conseguem explicar o humor de uma tira.
Apesar de alarmantes, os dados revelam uma melhora na contagem geral de língua portuguesa, se comparados com pesquisa de outro exame, realizado em 2005.
quarta-feira, 5 de março de 2008
Pesquisa aponta quadrinhos como instrumento de divulgação científica
Por Diego Figueira, responsável pelo site Pop Balões (05/03/08)
Uma pesquisa para dissertação de mestrado realizada pela bióloga Claúdia Kamel, do Departamento de Inovações Educacionais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), investigou o potencial das histórias em quadrinhos como instrumento de divulgação científica e ensino de ciências em salas de aula. A pesquisadora analisou o potencial educacional de cerca de 400 histórias em quadrinhos da Turma da Mônica, de Maurício de Sousa.A dissertação, intitulada Ciências e quadrinhos: explorando as potencialidades das histórias como materiais instrucionais, teve a proposta de verificar se gibis poderiam ser usados como subsídios didáticos para introduzir, elaborar e complementar conhecimentos científicos. Das 392 edições com personagens da Turma da Mônica analisadas, 274 apresentavam histórias relacionadas a três grupos temáticos que são trabalhados nas aulas de ciências naturais do ensino fundamental brasileiro, com base nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN): ambiente; corpo humano e saúde; e ciência e tecnologia. O tema mais citado foi "ambiente", presente em 162 revistas. Em entrevista para o boletim eletrônico da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), agência financiadora da pesquisa, Cláudia citou vários exemplos de como estes temas aparecem nos quadrinhos e como podem ajudar na construção do conhecimento científico dos estudantes. A pesquisa também analisou como as histórias em quadrinhos vêm sendo utilizadas nos livros didáticos da área de ciências. "A pesquisa evidenciou que nos livros didáticos de ciências naturais analisados essa linguagem ainda é muito pouco explorada, o que nos conduz a pensar em estudos posteriores acerca de sua aplicabilidade como elemento articulador em aulas", disse Cláudia. Mais detalhes sobre as pesquisas podem ser conferidos aqui.
Uma pesquisa para dissertação de mestrado realizada pela bióloga Claúdia Kamel, do Departamento de Inovações Educacionais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), investigou o potencial das histórias em quadrinhos como instrumento de divulgação científica e ensino de ciências em salas de aula. A pesquisadora analisou o potencial educacional de cerca de 400 histórias em quadrinhos da Turma da Mônica, de Maurício de Sousa.A dissertação, intitulada Ciências e quadrinhos: explorando as potencialidades das histórias como materiais instrucionais, teve a proposta de verificar se gibis poderiam ser usados como subsídios didáticos para introduzir, elaborar e complementar conhecimentos científicos. Das 392 edições com personagens da Turma da Mônica analisadas, 274 apresentavam histórias relacionadas a três grupos temáticos que são trabalhados nas aulas de ciências naturais do ensino fundamental brasileiro, com base nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN): ambiente; corpo humano e saúde; e ciência e tecnologia. O tema mais citado foi "ambiente", presente em 162 revistas. Em entrevista para o boletim eletrônico da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), agência financiadora da pesquisa, Cláudia citou vários exemplos de como estes temas aparecem nos quadrinhos e como podem ajudar na construção do conhecimento científico dos estudantes. A pesquisa também analisou como as histórias em quadrinhos vêm sendo utilizadas nos livros didáticos da área de ciências. "A pesquisa evidenciou que nos livros didáticos de ciências naturais analisados essa linguagem ainda é muito pouco explorada, o que nos conduz a pensar em estudos posteriores acerca de sua aplicabilidade como elemento articulador em aulas", disse Cláudia. Mais detalhes sobre as pesquisas podem ser conferidos aqui.
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
Motivos de uma revolta
Por Leandro Malósi Doro, autor do livro Revolta dos Motoqueiros.
O protesto dos motociclistas nas principais capitais brasileiras, no primeiro mês do ano, demonstra como essa é uma categoria unida. Ocorrem devido a quatro novas resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e, em São Paulo, por novas normas estabelecidas pela prefeitura. A maior parte das regras é para aumentar a segurança dos vulneráveis motociclistas no trânsito. Porém repercutem no bolso dos motoboys e mensageiros, que dependem desse veículo para sobreviver.
Os protestos acontecem próximo ao aniversário de 29 anos da Revolta dos Motoqueiros, único episódio de contestação de motociclistas contra a ditadura militar. Em cinco de fevereiro de 1979, em Passo Fundo (RS), Clodoaldo Teixeira, de 17 anos, motoqueiro e funcionário de uma loja de motos fugiu de uma barreira. Foi perseguido e baleado pelas costas, em frente à casa dos pais, que assistiram o ocorrido.
O Motoclube de Passo Fundo organizou protestos para pedir a prisão dos policiais responsáveis pelo assassinato do adolescente. Representantes da Brigada Militar se recusaram a prender os policiais. Reprimiram os protestos, fomentando três dias de revolta popular, que resultou em batalhas nas ruas e mais dois assassinatos. Cerca de dez mil pessoas, entre motociclistas e populares, participaram desse que foi provavelmente a última rebelião urbana ocorrida no interior do Estado no século XX.
O assassinato de Clodoaldo aconteceu em um período especial. Havia desacordo de camadas da população com as lideranças militares, devido à truculência de alguns oficiais e os desmandos de uma ditadura que apresentava sérios sinais de agonia, devido à crise econômica mundial iniciada em 1974 e ao autoritarismo que tolhia a liberdade de expressão e de, portanto, intervir nos rumos da cidade ou da nação. Os mais profundos exemplos desse descontentamento eram as greves dos metalúrgicos no ABC paulista e um ainda insipiente movimento de redemocratização, reforçado pela volta dos exilados pela ditadura militar, entre eles Leonel de Moura Brizola — o caudilho que enfrentou os militares, quando governador, com a Campanha da Legalidade. Havia, também, o ressurgimento da luta pela reforma agrária, impulsionada pelo movimento dos atingidos por barragem, na Encruzilhada Natalino, próximo a Passo Fundo. Na cidade, os motoqueiros e cabeludos eram perseguidos pelos policiais.
A atual revolta dos motociclistas brasileiros nasce em um período totalmente distinto e por motivos muito diferentes da Revolta dos Motoqueiros. Porém demonstra que a união dos motociclistas é antiga e sólida.
O protesto dos motociclistas nas principais capitais brasileiras, no primeiro mês do ano, demonstra como essa é uma categoria unida. Ocorrem devido a quatro novas resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e, em São Paulo, por novas normas estabelecidas pela prefeitura. A maior parte das regras é para aumentar a segurança dos vulneráveis motociclistas no trânsito. Porém repercutem no bolso dos motoboys e mensageiros, que dependem desse veículo para sobreviver.
Os protestos acontecem próximo ao aniversário de 29 anos da Revolta dos Motoqueiros, único episódio de contestação de motociclistas contra a ditadura militar. Em cinco de fevereiro de 1979, em Passo Fundo (RS), Clodoaldo Teixeira, de 17 anos, motoqueiro e funcionário de uma loja de motos fugiu de uma barreira. Foi perseguido e baleado pelas costas, em frente à casa dos pais, que assistiram o ocorrido.
O Motoclube de Passo Fundo organizou protestos para pedir a prisão dos policiais responsáveis pelo assassinato do adolescente. Representantes da Brigada Militar se recusaram a prender os policiais. Reprimiram os protestos, fomentando três dias de revolta popular, que resultou em batalhas nas ruas e mais dois assassinatos. Cerca de dez mil pessoas, entre motociclistas e populares, participaram desse que foi provavelmente a última rebelião urbana ocorrida no interior do Estado no século XX.
O assassinato de Clodoaldo aconteceu em um período especial. Havia desacordo de camadas da população com as lideranças militares, devido à truculência de alguns oficiais e os desmandos de uma ditadura que apresentava sérios sinais de agonia, devido à crise econômica mundial iniciada em 1974 e ao autoritarismo que tolhia a liberdade de expressão e de, portanto, intervir nos rumos da cidade ou da nação. Os mais profundos exemplos desse descontentamento eram as greves dos metalúrgicos no ABC paulista e um ainda insipiente movimento de redemocratização, reforçado pela volta dos exilados pela ditadura militar, entre eles Leonel de Moura Brizola — o caudilho que enfrentou os militares, quando governador, com a Campanha da Legalidade. Havia, também, o ressurgimento da luta pela reforma agrária, impulsionada pelo movimento dos atingidos por barragem, na Encruzilhada Natalino, próximo a Passo Fundo. Na cidade, os motoqueiros e cabeludos eram perseguidos pelos policiais.
A atual revolta dos motociclistas brasileiros nasce em um período totalmente distinto e por motivos muito diferentes da Revolta dos Motoqueiros. Porém demonstra que a união dos motociclistas é antiga e sólida.
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
Levantamentos de diferentes setores divulgados ontem confirmam que 2007 foi excepcional
Dados divulgados ontem relativos a diferentes setores confirmam: 2007 foi um ano superlativo para as economias brasileira e gaúcha. Carregados por uma expansão estimada de 5,2% no Produto Interno Bruto (PIB), indicadores bateram recordes históricos e representaram saltos esticados na comparação com o ano anterior.Para o mercado de trabalho, desde o início da série iniciada pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em 1992, nunca houve um ano tão bom como 2007. Entre janeiro e dezembro, o número de postos com carteira de trabalho assinada aumentou 1,617 milhão, 31,62% superior ao saldo de 2006. Ao todo, 29,282 milhões de trabalhadores estavam registrados no Caged no último dia 31. No Rio Grande do Sul, o número de contratados superou em 94.324 o de dispensados no ano passado. A economia gaúcha foi impulsionada, entre outros fatores, pelo bom desempenho das exportações. As vendas externas do Estado totalizaram US$ 15 bilhões, aumento de 27% em relação a 2006. O resultado supera a média nacional de 16% a mais nos embarques.- Isso registra a recuperação do Estado e afirma a sua característica de exportador - disse o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Paulo Tigre. Entre os setores que tiveram maior expansão, especialmente em termos de empregos no país, está o imobiliário. O financiamento da casa própria com recursos da poupança atingiu R$ 18,302 bilhões, beneficiando 195.981 unidades em 2007, no maior patamar registrado em 19 anos. Outro dado que dá conta da expansão econômica brasileira é o de consumo de energia, que cresceu 5,4% em 2007, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). De acordo com a instituição, a alta foi puxada pelo aumento dos setores residencial e comercial, especialmente. Toda a expansão econômica registrada também resultou em mais tributos pagos e arrecadação recorde para a União. Foram desembolsados pelos brasileiros R$ 602,793 bilhões em impostos e contribuições federais no ano passado.O valor, informado ontem pela Receita Federal, representa um recorde histórico e um aumento real de 11,09% em relação a 2006.
Assinar:
Postagens (Atom)